10.20.2014

Como apresentar um cão a um gato



Já falámos dos preparativos que devemos fazer antes de trazermos um novo cão para casa mas ainda não falámos de cuidados a ter quando fazemos as apresentações! 


Os gatos que nunca conheceram cães podem reagir com curiosidade ou evitar o novo animal. De qualquer forma, não deveremos nunca obrigar o gato a chegar-se perto do cão. Também existe a possibilidade do gato reagir agressivamente por entender que o seu território foi invadido e não está seguro.

Antes de se verem, os animais devem estar alguns dias confinados em espaços diferentes para que se habituem à presença um do outro. Quando começarmos as apresentações, estas deverão ser feitas em ambientes controlados e com o cão de trela e se possível, através de uma cancela de segurança do género da dos bebés. Se não costumam cortar as unhas dos gatos, será melhor fazê-lo para evitar arranhões graves. Também devemos ter preparadas recompensas de alto valor para o gato e para o cão.

Começamos as apresentações com os animais a uma distância em que ambos estejam o mais confortáveis possível. O gato deve estar num quarto em que se sinta seguro e se possa esconder. Podemos utilizar a transportadora como esconderijo, se o gato se sentir confortável nela. Em circunstância alguma deveremos ter o gato no colo. Antes de os apresentarmos, o ideal será levar o cão num passeio e aguardar um pouco que acalme para que não tenha tanta energia. As primeiras apresentações são feitas através da cancela de segurança, recompensado o cão por cada vez que deixar de olhar para o gato, olhar para nós ou apresentar uma postura relaxada. Assim deixamos que ambos se habituem à presença um do outro de forma segura. Devemos repetir estas apresentações várias vezes ao dia, durante vários dias.

Conforme forem parecendo mais confortáveis podemos diminuir a distância a que ficamos da porta com o cão. Também será bom atirar recompensas ao gato ou ter alguém perto que o faça, para não o assustar com movimentos bruscos, de forma a que ambos associem a presença do outro a algo positivo.

Posteriormente, poderemos começar a passar com o cão, de trela, perto da cancela recompensando quando ele não estiver focado no gato e conforme forem ficando mais confortáveis, iremos começar a passar mais perto da cancela.

O passo seguinte é deixar o gato ter acesso à área em que se encontra o cão, mantendo o cão pela trela. Devemos recompensar todos os comportamentos já referidos que o cão apresente quando o gato se encontrar na mesma divisão. Os gatos precisam de maior território para se sentirem seguros e se chegarmos perto demais poderemos ouvir miados e o gato a bufar. Aí deveremos recuar com o cão, para que o gato fique novamente confortável, pois é ele que determina o ritmo da apresentação.

Quando ambos estiverem confortáveis, podemos deixar que tenham contacto com o cão sem trela, mas ainda assim devemos manter uma cancela de segurança que permita ao gato ter acesso ao seu santuário de forma a que ele compreenda que aquele lugar é seguro. Temos que supervisionar estas interacções e quando não estivermos em casa, deixamos o gato e o cão em zonas separadas.

Após esta fase e conforme forem ficando cada vez mais confortáveis, devemos começar a observá-los durante refeições e ficar atentos a sinais de agressão ou intimidação. Como os gatos e os cães brincam de maneiras diferentes também é importante garantir que não existem mal entendidos quando tentarem brincar. Não se esqueçam que é extremamente importante garantir que existem sempre locais seguros onde o gato se possa refugiar e comer sossegado.

Não tentem apressar estes passos, este é um processo demorado mas é muito mais provável que consigam ter um ambiente harmonioso em que o cão e o gato se dêem bem.

Podem ver neste vídeo da Adriana a apresentação da Tucha e da Ízis :)





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