10.23.2014

Comportamento Social dos Gatos - As Colónias




Os gatos silvestres vivem em conjunto nas chamadas “colónias”. Estas podem ser pequenas (2 a 10 gatos) nas áreas residenciais, ou tão grandes como 50 a 100 gatos numa área industrial. Os gatos formam laços próximos uns com os outros e defendem o território da sua colónia de outros gatos que pretendam aceder a comida e abrigo.

Colónias “protegidas” são aquelas que beneficiam da atenção e cuidados humanos. Os “protectores” alimentam os gatos e providenciam abrigo, cuidados veterinários, incluindo esterilizações, que reduzem o acasalamento incomodativo e previnem mais nascimentos indesejados de gatinhos.

Ao contrário da crença popular, os gatos não são seres associais. Quando nos referimos aos gatos como seres sociáveis, não significa que eles são sociáveis no mesmo sentido em que os cães ou pessoas são. Cada espécie tem os seus próprios padrões sociais.

As colónias são sociedades cooperativas onde os indivíduos passam muito tempo a cuidar uns dos outros. Ao esfregarem-se uns contra os outros, estão a libertar os seus aromas naturais para produzir um perfil de aroma de grupo. Portanto, os gatos podem reconhecer cada membro do grupo social devido ao seu cheiro.

Os gatos vagueiam através dos seus territórios e cheirando as “marcas de cheiro” (urina), ficam informados de todos os movimentos da população felina. Podem aperceber-se de quanto tempo passou desde a sua última visita e podem ler os “sinais de cheiro” de quem tenha passado e esguichado e há quanto tempo. Cada esguichadela traz consigo, também, muitas informações acerca do estado emocional e da identidade do seu autor.

Nas colónias de gatos silvestres, as fêmeas costumam actuar como “parteiras” durante o nascimento dos gatinhos umas das outras. Cooperam na criação, limpeza e protecção dos gatinhos bem como na sua educação.

Embora existam indivíduos dominantes e submissos numa colónia, os gatos não mantêm uma hierarquia bem definida, em que cada indivíduo é classificado acima ou abaixo de outro. Existe com muita frequência um gato "alfa" (geralmente a fêmea mais velha), que tem o mais elevado “status” e acesso privilegiado aos recursos. Os outros gatos normalmente decidem quem é “dono” do quê caso-a-caso e por vezes a propriedade dos pontos principais para dormir e de outros recursos muda diariamente.

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