Free Willy |
Se estão a pensar onde é que arranjaram uma orca para contracenar neste filme, ficam a saber que se tratava de Keiko e era realmente uma baleia assassina que vivia em cativeiro desde muito cedo. Depois do filme a opinião pública insurgiu-se com o facto de animais selvagens serem capturados para fazerem espectáculos de entretenimento e surgiu a fundação Free Willy - Keiko, que tinha como objectivo devolver esta baleia assassina ao mar.
Keiko |
Quando finalmente decidiram ceder à pressão pública e libertar Keiko (1996), foi transportado para uma piscina maior que lhe permitisse ensinar a suster a sua respiração durante mais tempo, caçar e começaram a reduzir o seu contacto com pessoas.
Em 1998, transportaram-no para a Islândia, onde tinha sido originalmente capturado para receber a parte final do seu treino para a liberdade. De 2000 a 2002, foi treinado a seguir os seus tratadores de barco para o oceano aberto. Nesta altura, o seu contacto com humanos era o mais reduzido possível. O objectivo era aproveitar os meses de verão, quando chegavam orcas para se alimentar nesta zona e libertarem Keiko para perto delas para o motivar a segui-las. Efectivamente Keiko seguiu as baleias e passou algum tempo no mar, até chegar à Noruega. Na Noruega, Keiko voltou a tentar interagir com humanos em vez de seguir caminho com as outras orcas. Assim, ele voltou a ser cuidado por humanos e lá ficou até morrer em Dezembro de 2003.
Quando começaram a preparar Keiko para a liberdade também existiram opiniões que se manifestavam contra esta ideia. Principalmente porque estudos mostram que as devoluções de animais à natureza tem mais hipóteses de serem bem sucedidas se os animais forem mantidos em cativeiro por períodos pequenos, o que não era claramente o caso desta orca. Além disso, na maior parte da sua vida só tinha tido contacto intenso com humanos e não estava preparada para a riqueza e diversidade do oceano.
Se tiverem interesse na forma como são mantidos os animais em cativeiro e o que isso significa, sugerimos que vejam o documentário Black Fish.
Fontes:
New York Times
From Captivity to the Wild and Back: An Attempt to Release Keiko the Killer Whale
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